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Mostrando postagens de julho, 2011

não tem explicação

quando chega a noite minha vontade arrefece. teu abraço, q me aquece, é pálida lembrança. vou dormir e o sono é um açoite viro-me, reviro-me murmuro teu nome.

A Noruega também é aqui

José Antonio Somensi (Zeca) No momento em que escrevo, oficialmente tem-se 93 mortos pelo ataque terrorista da extrema direita, provavelmente planejado e executado por mais de uma pessoa, e não apenas pelo Anders Behring Breivik, que aconteceu dia 22 de julho na Noruega. Muito tem se falado sobre o fato, as motivações, as relações e pensamentos que levaram a esta ação, mas todas as avaliações tendo os olhos apenas na Noruega, país estável, bom de viver, povo feliz.... Mas, fatos outros aconteceram e continuam acontecendo na Europa, como o aumento da pressão para que os governos não permitam mais a entrada de africanos, asiáticos e latinos. A intolerância religiosa e pela opção sexual atingem níveis alarmantes. Nos Estados Unidos somos presenteados seguidamente por atos estúpidos de chacinas, discriminações raciais, religiosas, políticas como o atentado a deputada americana do Partido Democrata Gabrielle Giffords em Tucson (Arizona) ocorrido em janeiro deste ano. A história não nos dei

do nada

primavera = árvores com folhas e flores inverno = árvores com braços débeis a vida segue, com fartura e secura e não há opinião sem juízo de valor

minima/mente

teço a trama da malha fina da vida desde o princípio. diante do precipício acumulo suplícios dados fictícios do existir. em dado momento um sentimento mais agudo me deixa mudo. só me liberto quando há por perto um coração q dê vazão aos incontáveis pequenos dramas da igual pequenez do ser.

A propósito...

as calçadas da cidade preservam-se. sim. embora muitos cidadãos, contaminados pela "automovelcracia" (conforme o poeta Galeano, o das "janelas", na sumida revista Atenção! ) queiram extingui-las, elas estão aí. testemunhas de caminhos e descaminhos, cúmplices de infindáveis trottoirs , de inocentes caminhadas, de podres cusparadas e ânsias, a calçada permanece como último reduto dos pedestres. mesmo que as administrações tratem de diminuir-lhe a amplitude, instalando lixeiras desproporcionais ou árvores ou canteiros ou buracos intermináveis; mesmo que os comerciante insistam em ocupar-lhes com paineis, balaios, propagandistas, grades; mesmo que os carros (e são mais de 100 mil só em caxias!) se atravessem, pelas mãos de motoristas débeis, elas ali estão. símbolos do ir-e-vir, representações da poética urbana, do trânsito livre das emoções, da carnavalização das atitudes beneméritas. os mais variados tipos ocupam as calçadas: engravatados, paraplégicos vendendo ras

domingo

pois é. não tenho muito a escrever. não muito sobre tua ausência. isso é algo q resolveremos entre nós. nada dá para prever. existe uma aquiescência, eu aqui, v a hesitar n'o q fazer?'. tenho muito o q pensar. tenho muito o q fazer. se tu não estiver do meu lado, azar. o meu? o teu? o nosso? sei lá, ceilão. mesmo sabendo q tu não irá ler esta mensagem, ela está posta. beijos,

outra sexta

sol e lua formam um ângulo aproximado de 45 graus. para a maioria, boa tarde; para alguns, bom dia; para os do 'outro lado do mundo', boa noite. na esquina da andrade neves com a júlio, espero o transporte público enquanto admiro as flores no canteiro central. o sol ameniza o frio incomum. é a vez dele, tá certo, q não só anunciou-se como chegou aos berros, como comentou um amigo, aniversariante. todo o tipo de reflexão é acolhida pelo cérebro, para q o coração não seja contaminado. entre elas, o fato de a maldade imperar em relações cotidianas. desde domingo regurgito a ação de uma pessoa, q insiste, metaforicamente, a jogar bolas nas minhas costas. hipocrisia igual nunca vi. o conceito de ética é vilipendiado quando a ouço pronunciar essa palavra. e ela talvez não perceba q tudo sei. cada gesto, cada ato, cada desacato. pobre mulher - a frustração a fez assim. sei q sou tachado de incompetente, relapso e outros quetais. pelo menos, reservo-me o direito de me man

aquela sexta

você deve saber como foi boa a noite. aquela em q saiu caminhando pela plácido de castro, bisolhando as pedras da calçada. a lua, iluminando atrás, sorria. a luz postefálica, acompanhando os passos no caminho, indicava sentidos. sem porquês, o vento era quente. afinal, ocorreu q as esquinas fizeram pensar. a respeito da desconsideração de quem devia desconsiderar. assim. muitas vezes, as pessoas saem de carro e, no passeio, jogam papeis pelas janelas do carro, abrem carteiras de cigarro e atiram pelo vão em movimento o plástico. a cidade está recoberta pelo asfatlo e chove bastante, cada vez mais. as bocas-de-lobo são estreitas. o solo não absorve mais a água q cai sobre o asfalto cinza e deixa a pista molhada, justamente quando as sinaleiras estão amarelas. (lembra jorge mautner, aquele de uma tarde cinze e um sentido de narciso?). basta olhar para verificar q poucos atravessam pela faixa, até porque poucos motoristas se dão conta da gentileza. outras tantas vezes o silêncio some. a