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Mostrando postagens de novembro, 2011

domingo

pela manhã, surpresa e manha. acordo com tua voz ao meu ouvido, bem disposto, e logo temos teu corpo e o meu enroscados com a vontade os cheiros e as perspectivas de um futuro para além do muro q hoje está interposto e q nos deixa distantes mas não como antes. hoje, pequena, a vida é mais serena como são os dias q antecedem nosso encontro.

meio ambiente

ler a entrevista com helio mattar, diretor-presidente do instituto akatu pelo consumo consciente ( www.zerohora.com/nossomundo ) é revigorante. principalmente para quem não acredita q ter um carro é sinônimo de felicidade e os q pensam q é possível mudar de hábitos. os q pensam o contrário... não sei se vão se interessar.

25.11.11

eu e meu amor somos impagáveis; brigamos, mas somos amáveis. nos amamos e tudo se ajusta às vezes, às próprias custas, outras, com a intervenção divina. pequena, menina... tudo q tenho - palavras, músicas, devaneios - deposito sobre teus seios. só o q tenho é a expectativa do teu amor. sem dor,                 por favor!

puxa vida!

estes momentos de chuva e ermidão dão medo e afasia. despertam sentimentos q escondiam-se no 'e então?' e escorriam pela pia. daí, com os meus botões tracei uma estratégia: tenho q manter minha alegria! não tive altas conclusões, mas, visualizei uma vitória-régia e, a partir dela, entendi o meu dia.

comentário

bob towne, roteirista de nova hollywood, responsável por bonnie e clyde , lembrou o seguinte: 'nietzsche e blake disseram q as estradas retas são os caminhos do progresso, mas as estradas tortas são o caminho da genialidade'. esta citação consta no livro de peter biskind, como a geração sexo-drogas-rock'n'roll salvou hollywood: easy riders, raging bulls , com tradução de ana maria bahiana e lançado no brasil em 2009. para quem gosta de cinema e de contracultura, são páginas reveladoras de um cenário q costumamos enxergar nos filmes apenas como referência. é para desfrutar.

de bicicleta, despreocupado

pensar em tanta coisa e chegar a pouca conclusão; dar voltas em si mesmo e perceber q esta circulação serviu para oxigenar o cérebro e o coração valeu o dia. melhor, ainda, seria voltar para casa e estar ao teu lado e me declarar apaixonado.

é

minha poesia consiste no q existe entre homens e mulheres minha poesia resiste em minha consciência

espera

enquanto espero por ti, vejo a chuva pelas frestas dos galhos da árvore q, imóvel, me observa da beira da calçada. é pouco mais do q onze da manhã e a perspectiva é de um dia invernal, embora a primavera já tenha se pronunciado. preguiça rima com delícia, mas é uma palavra q não pode constar na minha verborragia; afinal, há questões de literatura para serem decifradas, aspectos midiológicos para serem investigados e outras coisinhas q fazem a vida do professor valer a pena. pena é ficar a tua espera. não te ver, não te ouvir, não te sentir perto. um chá, talvez? talvez não dê tempo para tanto. o mínimo é muito, o muito é tão pouco. espero q tu entenda a chuva e a preguiça, e a escassez de tempo nesta espera, enquanto outras tantas coisas ocupam as horas. volto-me para a janela, enquanto a caneta repousa sobre o papel, à espera de minha decisão.

segunda-feira

logo eu, q prego o pensamento anárquico, a Aventura e o Romance, ficar calado diante do bom-mocismo! chega!, digo eu à terapeuta. pq estas pessoas q estão na trilha da confortabilidade, ao invés de se meterem na vida dos outros, não se limitam a cuidar de suas vidas? meu processo é outro, diferente dos demais, embora sejamos iguais, eu reconheço. mas faço o q tenho q fazer e a forma q faço difere dos demais, isso é certo - ainda bem!. e daí? o resultado é outro? sim, com quase certeza. se é melhor ou pior, não sei. as evidências estão na roda. se eu bebo, falam. se eu não bebo, falam. se eu converso, comentam. se eu calo, comentam da mesma forma. pôrra, me deixem quieto! ou como canta arrigo barnabé: 'quem cala consente, eu desacato.' não meto a mão com ninguém, se não meterem a mão comigo. quero a harmonia entre as pessoas, quero todas em paz. é minha grande contribuição para a humanidade. um mundo mais harmônico, em q todos não esperem nada de ninguém. um

novidade

é sempre bom escrever mesmo sem prever alguma coisa sobre a mesa alguma coisa sobre a natureza alguma coisa sobre a possibilidade de ter ao alcance a perspectiva de uma novidade uma coceirinha uma maneira de dizer q o AMOR é ainda a melhor forma de evitar a dor.

puxa!

me sinto em istambul no rio floripa e em cabul me sinto assim em pedaços neste mundo globalizado meu espírito circula adoidado

novo

de humores e amores a vida se constitui. enquanto no céu o urubu plana eu flano pelas avenidas. cicatrizadas as feridas um novo ciclo se inicia sob o sol a pino ou sob o signo da lua cheia nunca é tarde para desejar o melhor.

da série: cenas do cotidiano

no micrinho, uma senhora amparada por muletas paga o motorista e se prepara para descer. atrapalhada, lógico, com os acessórios e a catraca, se depara com um soldado da brigada militar q, sem dar bola à situação, arremete para subir e ignora, solenemente, o estado da cidadã, q fica mais encrencada, pois o dito cujo é grande e ocupa todo o espaço. respeito é uma virtude escassa.

não empurra!

é dose! tão cheia de pose... mas, assim como o corpo funciona ao natural ele também nos dimensiona e nos torna iguais. tão cheia de pose tão blasé! se me permitem dizer: embarque num carro com vidro fumê e vai te fuder!

um dia especial

desde o nascimento tudo é festa algumas vezes, nada presta, mas é só um momento, abre-se nova janela e embarcamos num barco a vela. * * * do dia, só a metade; do amor, a saudade; da dor, a ausência; do choro, a inexistência. para a noite, um pedaço; para o amor, só um estilhaço; para a dor, reserva-se o devir; para o choro, enquanto ainda sentir. não há dia, não há noite, há o existir; se não há o amor, resta a paixão; se não há dor, sobra solidão; se não há choro, contento-me em sorrir. * * * DEU no  halloween, exorcizei no mesmo dia, do saci, um novo pulo. nos finados, enterrei os corpos q ainda sobranceavam. no meu aniversário lembrei, hilário, das nuvens e das pessoas q ofuscaram a vida q me cabia e q aceitei.

invisibilidade

corre um papo por aí de q a sociedade moderna tornou o ser humano invisível. q poucos prestam atenção no Outro, q os seres se movem indiferentes ao choque de braços e à beleza da primavera. sei não, sei não! "sei lá, ceilão!" sempre desconfiei do totalitarismo das opiniões e, hoje, cada vez mais. afinal, quem garante q eu serei preservado se optar por destoar meu canto da ladainha predominante? ah, dirá alguém: tu fez de propósito, só pra chamar a atenção! ah, entendi (talvez): é preciso q eu cante no mesmo compasso do restante do coro para não ser percebido. ah, entendi... além das mesmas calças jeans devo barbear-me todos os dias, dormir cedo e "alimentar-me" bem. devo casar, ter filhos e, no mínimo, passar as férias na praia. talvez comprar, enfim, um carro, nem q seja um de segunda mão. ah, tá. se continuar assim deste jeito, q não tem nada demais em relação ao Outro, jamais serei invisível, todos perceberão q eu existo. mesmo q eu fique na minha,

finados

este silêncio parece ser o fim. paciência, não tenho mais idade para conter minha insaciedade sequer ciência para contornar a ausência. este silêncio                      é o fim

comentários

dois livros me arrebataram, dois outros devem provocar o mesmo. e por isso, quero compartilhar com vocês. primeiro, então, 'o amante detalhista' (companhia das letras, 2005), de alberto manguel. furioso ou curioso? ambas as interpretações: a história de anatole vasanpeine é estranha, como estranhos são nossos comportamentos mais obscuros. ser inodoro, insípido e incolor - ninguém o notava, nem ninguém a ele interessava. empregado de uma casa de banho, adquiriu o hábito de espionar pelas frestas dos quartos, 'pedaços' dos corpos ali presentes. sim, conforme manguel, ele não tinha curiosidade e ser voyeur de corpo integrar, queria apenas 'o' detalhe. depois, com o advento da máquina fotográfica, começou a registrar estas partes e, em casa, sim, compunha um 'novo' corpo e ali se realizava. até q... um belo dia conheceu uma mulher. 'os poetas nos ensinaram q, para o amante, esperar causa ao mesmo tempo enlevo e dor, mesclando a alegria da exp

segunda

amanheci vazio sem metáforas da angústia com a antítese da plenitude mas, as calçadas e o vento frio me devolveram a atitude