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Mostrando postagens de junho, 2013

uma dose de erotismo

PRIMAVERA FORA DE ÉPOCA teu beijo é lírio orvalhado teu sexo é nenúfar              perfumado * * * SILÊNCIOS não fala             com seu falo mas       quebra o gelo                            com teu grelo
as estrelas                não estão onde as contemplo e tu      onde penso * * * enquanto caminho miro o chão pegadas sobrepostas outras q virão

OUTRO DIA

acende a luz faz o sinal da cruz e o dia se inicia * * * tudo o q ele quer não é tudo o q necessita. é saber conduzir o devir q facilita a vida. * * * as pessoas mais velhas sinalizam meus caminhos - rosas e espinhos. * * * INVERNO opiniões sobre a chapa quente coberta com pinhões

NA ESQUINA

neblina a vida me inclina à poesia

só por hoje

contemplar estrelas q lá não estão. pensar em musas. 'filmes da memória' q se extinguem por mais belos                       q sejam por mais distantes                            q estejam. * * * abro a janela para sentir o clima molho o dedo com saliva para perceber o vento vou às ruas. seja sob o sol ou debaixo da lua a life engana. a mesma trama a mesma traquinagem vário sentimento em relação ao esquecimento. no final das contas tudo bobagem. * * * SANTO ANTÔNIO santo provedor me proteja desta sanha, por favor! * * * SÓ, MANO! a cada dia estou morrendo. edredons. remoendo. * * * a noite é o reverso especular dos dias insossos q a vida tem a ofertar * * * OLHOS VERDES se as musas são lendas ou histórias quantas memórias sob as blusas? * * * ao repetir-me diluo o q era firme. ou não. escuto meu coração e, mesmo em conflito, repito-me.
a considerar 'seria difícil não reconhecer no desprezo endereçado ao escritor [john updike] um deslocado desgosto com relação ao estatuto do próprio romance [...]. o romance se aproxima de modo perigoso da perda de sua função. faça uma experiência. pergunte a si mesmo se o romance ainda é culturalmente relevante. em seguida, pergunte a si mesmo quando foi a última vez que leu um romance que o comoveu como um filme o comove. seja honesto. agora faça a primeira pergunta a seus amigos. claro que o romance é culturalmente relevante, eles dirão. então faça a mesma pergunta sobre o último romance que leram. o que foi que eu disse?' [...] 'por fim, estamos nos tornando mais visuais e até mais musicais que verbais. somos seriamente visuais e musicais, mas poucos de nós continuamos sendo leitores sérios.' ( lee siegel, um dos mais contundentes críticos culturais estadunidense. artigo john updike ou a importância de ser sério , publicado na revista serrote , março de 2012